Enquanto forçava um sorriso
a custa de uma lágrima
lembrei-me de uma criança,
ela sonhava tão alto
que seus pés até
se descolavam do chão,
eu reparava seus olhos
ardendo enquanto sonhava,
suas mãos eram puro gestos
que mostravam
o que só ela podia entender,
mas talvez essa compreensão
tenha sido o seu limite,
ela lidou com perdas irreparáveis
e promessas pérfidas
que se desgastaram com o tempo,
no entanto mantinha o mesmo ardor nos olhos,
pois seu destino era ganhar lutando
e não perder a si mesma
em decepções passageiras
que apagam o brilho da alma,
ela era muito suave
mesmo quando tinha que ser forte,
não podia desmoronar diante de seus sonhos,
esperar, era algo que fazia muito bem...
naquele momento ouvi algo que me calou fundo...
sem perder a inocência
ela jurou que seria grande, forte e audaz,
fiquei inerte vendo minha insignificância
passar diante de meus olhos
como palavras vazias
que me fizeram pensar sobre nenhuma justificativa,
que o compromisso e a perseverança são para poucos.
Kamo
sábado, 26 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Na Irreflexão do Apego
E por mais uma noite
ela pernoita em outras esquinas
em busca do vício
que tanto lhe agrada,
varre as noites
junto com sua dignidade
e debaixo de um travesseiro surrado
de um quarto qualquer,
esconde o rosto
lavado me lágrimas
borrado de vergonha e medo,
mas em prece ela admite
seu destino sempre foi
uma faca cravada no peito,
enaltecia que morrer jovem
não era para os fracos
e sim para os excelentes
ela se encarou por várias horas,
mas não encontrou o defeito
a que todos se referiam,
por fim, de olhos fechados
pôde constatar o óbvio
além de ter matado seu coração
sua alma já havia partido
e só lhe restara seu corpo sujo
lavado em amores servidos nas esquinas,
então em último ensejo
ela se pegou em devaneios
procurando pela melhor versão de si
naqueles lugares pérfidos
por onde andou a vida inteira.
Kamo
ela pernoita em outras esquinas
em busca do vício
que tanto lhe agrada,
varre as noites
junto com sua dignidade
e debaixo de um travesseiro surrado
de um quarto qualquer,
esconde o rosto
lavado me lágrimas
borrado de vergonha e medo,
mas em prece ela admite
seu destino sempre foi
uma faca cravada no peito,
enaltecia que morrer jovem
não era para os fracos
e sim para os excelentes
ela se encarou por várias horas,
mas não encontrou o defeito
a que todos se referiam,
por fim, de olhos fechados
pôde constatar o óbvio
além de ter matado seu coração
sua alma já havia partido
e só lhe restara seu corpo sujo
lavado em amores servidos nas esquinas,
então em último ensejo
ela se pegou em devaneios
procurando pela melhor versão de si
naqueles lugares pérfidos
por onde andou a vida inteira.
Kamo
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Vibrações
O corpo humano é 70% água,
será que é por isso que arrepiamos ao ouvir certas músicas?
Será cada molécula de nosso extenso organismo vibrando,
querendo saltar de nossa pele?
Será nossa alma atravessando a fronteira entre o físico e o espiritual?
Será nossa essência, nossa eloquência exagerada,
ultrapassando essa tênue barreira?
Não sei, só sei que esse é o som que sai do meu violão,da minha garganta, da minha alma,
esse é o som que me arrepia, que me toma e me completa, e me entende,
esse é o som que engole meus ouvidos e eu só preciso disso!
Kamo
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
...
Não se arrependa
não dê vez ao remorso
não sinta por algo
que não aconteceu
sabendo que ainda
pode torná-lo real
não se entregue
não deixe as lágrimas
derrubar você
derrube-as você mesma
seja fiel consigo
ame, sinta, cante
rodopie, grite, exagere
enfim não hesite
se hesitar significar
perder tudo!
Kamo
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